A cultura da comunidade surda é muito interessante, ela é tão rica quanto a cultura ouvinte, porém é um mundo dependente do visual, da expressão corporal e facial, do movimento delicado das mãos, das configurações de mão, enfim, da linguagem de sinais.
Na Idade Moderna apareceu um monge chamado Pedro Ponce de Leon, que começou a trabalhar na educação de crianças surdas filha de nobres e autoridades (a elite do governo). O monge criou o alfabeto manual para servir de apoio no ensino da criança surda.
Atualmente a Cultura Surda é um movimento em florescimento. Com a aprovação da lei de Libras (nº. lei 210.436, 24/04/2002), aconteceram muitas surpresas, o respeito ao Surdo agora é obrigatório. Porém os ouvintes ainda manipulam os Surdos. Tanto em sua Língua de Sinais, como em metodologias para o ensino deste. Muitas vezes os ouvintes tem os surdos como fantoches, eles “ensinam” ( entenda–se adestram) algo para os surdos e dizem que ele é capaz, mas na verdade estão querendo tirar, proveito para si, não respeitando o individuo Surdo.
Ainda hoje existem muitos tabus dos ouvintes em relação aos surdos que precisam ser quebrados. É preciso se ter mais respeito em relação à capacidade intelectual dos Surdos, ele consegue perceber as coisas tanto quanto o ouvinte, porém seu meio receptor é diferente, ele percebe o mundo através do visual, (expressão corporal, classificadores.....) tendo a Libras como principal símbolo da sua cultura, que apesar de ser uma língua com pesquisa recente, é uma língua que não perde em nada para outras línguas orais, linguisticamente falando.
A Cultura Surda é responsabilidade da Comunidade Surda, esta deve estrutura-lá, promovendo teatros, festas, incentivando para que o surdo desenvolva sua independência. Aguçar o surdo para criação de pedagogias flexíveis, proporcionado ao surdo superar barreiras e se inserir na sociedade majoritariamente ouvinte.
Surgiram leis para dar acessibilidade à comunicação através da Libras, esta proposta começa a dar um espaço melhor para Cultura Surda, um espaço para a diferença. O desafio agora é: criar políticas para esta diferença!
As leis abriram muitos espaços para os surdos e sua cultura. (espaço foram abertos) os surdos agora dividem muitos espaços com ouvintes, mas na verdade eles apenas dividem o mesmo espaço.
Cultura Surda é o modo diferenciado que um determinado grupo tem de vivenciar as coisas, está é feita através das experiências visuais e por meio destas, o ser Surdo vai formado sua identidade.
Pois força maior que o surdo tem, é a sua língua, haja visto que ela mostra a compreensão que o surdo tem do mundo através do seu modo de olhar.
É importante se difundir as políticas de acessibilidade aos surdos através do vinculo de comunicação visual, para assim então diminuirmos a desigualdade entre surdos e ouvintes. Pois o surdo vive o biculturalismo inexorável entre o mundo auditivo e o visual, do gesto à palavra, iniciando a evolução da comunicação não verbal à verbal (noção – imagem – verbalização). A Cultura Surda tem um despertar interior através da paisagem diferente dos ouvintes que são despertados principalmente através do som.
É necessário assumir e defender a Cultura Surda, assumir um discurso que justifique, que dê legitimidade para os grupos surdos. Exigindo-se um mundo melhor para o surdo, melhorias no trabalho e na sua qualidade de vida, sempre respeitando suas limitações.
A Cultura Surda é a prova de que o Surdo tem uma Identidade Surda. Valorizando sua Cultura e sua língua, estaremos aumentando sua auto-estima, e assim contribuindo para melhorar sua convivência, comunicação e criatividade, sem manipulação dos ouvintes. Vamos lutar pela construção da Cultura Surda.
Núbia Guimarães Faria
Professora Surda de Libras no CAS-GO
Na Idade Moderna apareceu um monge chamado Pedro Ponce de Leon, que começou a trabalhar na educação de crianças surdas filha de nobres e autoridades (a elite do governo). O monge criou o alfabeto manual para servir de apoio no ensino da criança surda.
Atualmente a Cultura Surda é um movimento em florescimento. Com a aprovação da lei de Libras (nº. lei 210.436, 24/04/2002), aconteceram muitas surpresas, o respeito ao Surdo agora é obrigatório. Porém os ouvintes ainda manipulam os Surdos. Tanto em sua Língua de Sinais, como em metodologias para o ensino deste. Muitas vezes os ouvintes tem os surdos como fantoches, eles “ensinam” ( entenda–se adestram) algo para os surdos e dizem que ele é capaz, mas na verdade estão querendo tirar, proveito para si, não respeitando o individuo Surdo.
Ainda hoje existem muitos tabus dos ouvintes em relação aos surdos que precisam ser quebrados. É preciso se ter mais respeito em relação à capacidade intelectual dos Surdos, ele consegue perceber as coisas tanto quanto o ouvinte, porém seu meio receptor é diferente, ele percebe o mundo através do visual, (expressão corporal, classificadores.....) tendo a Libras como principal símbolo da sua cultura, que apesar de ser uma língua com pesquisa recente, é uma língua que não perde em nada para outras línguas orais, linguisticamente falando.
A Cultura Surda é responsabilidade da Comunidade Surda, esta deve estrutura-lá, promovendo teatros, festas, incentivando para que o surdo desenvolva sua independência. Aguçar o surdo para criação de pedagogias flexíveis, proporcionado ao surdo superar barreiras e se inserir na sociedade majoritariamente ouvinte.
Surgiram leis para dar acessibilidade à comunicação através da Libras, esta proposta começa a dar um espaço melhor para Cultura Surda, um espaço para a diferença. O desafio agora é: criar políticas para esta diferença!
As leis abriram muitos espaços para os surdos e sua cultura. (espaço foram abertos) os surdos agora dividem muitos espaços com ouvintes, mas na verdade eles apenas dividem o mesmo espaço.
Cultura Surda é o modo diferenciado que um determinado grupo tem de vivenciar as coisas, está é feita através das experiências visuais e por meio destas, o ser Surdo vai formado sua identidade.
Pois força maior que o surdo tem, é a sua língua, haja visto que ela mostra a compreensão que o surdo tem do mundo através do seu modo de olhar.
É importante se difundir as políticas de acessibilidade aos surdos através do vinculo de comunicação visual, para assim então diminuirmos a desigualdade entre surdos e ouvintes. Pois o surdo vive o biculturalismo inexorável entre o mundo auditivo e o visual, do gesto à palavra, iniciando a evolução da comunicação não verbal à verbal (noção – imagem – verbalização). A Cultura Surda tem um despertar interior através da paisagem diferente dos ouvintes que são despertados principalmente através do som.
É necessário assumir e defender a Cultura Surda, assumir um discurso que justifique, que dê legitimidade para os grupos surdos. Exigindo-se um mundo melhor para o surdo, melhorias no trabalho e na sua qualidade de vida, sempre respeitando suas limitações.
A Cultura Surda é a prova de que o Surdo tem uma Identidade Surda. Valorizando sua Cultura e sua língua, estaremos aumentando sua auto-estima, e assim contribuindo para melhorar sua convivência, comunicação e criatividade, sem manipulação dos ouvintes. Vamos lutar pela construção da Cultura Surda.
Núbia Guimarães Faria
Professora Surda de Libras no CAS-GO